sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Tecnologia Assistiva

É qualquer item, equipamento ou sistema, adquirido comercialmente, modificado ou personalizado, que seja usado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com algum tipo de limitação. A grosso modo são todas as adaptações necessárias para a independência.

Podem ser de alta tecnologia (mais complexas): computadores, sistemas de comunicação alternativa etc; de baixa tecnologia (menos complexas): fecho mais fácil nas roupas ajuda não eletrônica à comunicação, por exemplos.

Quando bem selecionada, a tecnologia alta ou baixa pode aumentar o poder da pessoa com algum tipo de limitação funcional, para que possa ter um envolvimento maior nas atividades do dia a dia.

Um exemplo prático é o uso dos computadores pelas crianças com desenvolvimento típico ou não que está se tornado cada vez mais comum. Um dos benefícios do computador como meio de tecnologia assistiva, é o fato de ele ser altamente adaptável.

O computador, combinado com um sistema de acesso e softwares selecionados, pode enfatizar as experiências lúdicas, de lazer, de aprendizado e comunicação entre outros.

Por exemplo, uma criança com comprometimento motor severo pode não ser capaz de vivenciar a excitação de uma brincadeira de correr e pegar. Mas esta brincadeira pode ser simulada nos jogos de computador, com diversão e intenso envolvimento. Além de que o computador e os softwares associados promovem uma grande variedade de estímulos lúdicos e de lazer (histórias interativas com flexibilidade audiovisual, desafios de aventura e mistérios que envolvem resolução de problemas). Também podem ser usados para facilitar a recreação e a interação social entre as crianças portadoras e livres de incapacidades.

Para o adulto pode ser um meio não só de socialização e lazer como de reinserção ao mundo produtivo do trabalho através do uso de recursos de tecnologia assistiva.

É papel da Terapia Ocupacional promover condições para que o indivíduo transforme sua própria realidade.

Natália Gonçalves dos Reis
terapeuta ocupacional
crefito-10/6888
http://www.clinicaclinart.com.br/



domingo, 15 de janeiro de 2012

NASF

  • Entrevista: NASF e o terapeuta ocupacional
1) ABRATO-SC: Em linhas gerais quais as atribuições do terapeuta ocupacional na equipe do NASF?
Paula Agnolin, terapeuta ocupacional:O NASF é constituído por profissionais de diferentes áreas de conhecimento. O terapeuta ocupacional bem como toda a equipe atua de forma conjunta com a Estratégia Saúde da Família, compartilhando saberes e propondo alternativas e soluções. É parte do processo de matriciamento, que propõe o suporte assistencial (produção clínica direta com os usuários em todos os níveis de atenção) e suporte técnico-pedagógico (produção do apoio educativo com e para a equipe).

2) ABRATO-SC: Trabalhando em equipe interdisciplinar, destaque quais são as ações que diferenciam o terapeuta ocupacional dos demais profissionais que atuam no NASF?
Paula Agnolin, terapeuta ocupacional: Destaco as seguintes entre muitas outras:
  • Atividades de educação em saúde, individual e em grupo, estimulando o auto-cuidado e AVDs: minimizando riscos à saúde. Ex.: teste de memória e teste de nível de estresse;
  • Ações de educação em saúde para a prevenção de lesões e cuidados a grupos populacionais específicos;
  • Construção de espaços coletivos para as atividades lúdicas, intervenções ergonômicas, técnicas de relaxamento;
  • Desenvolver práticas de atividades da vida diária relacionada à promoção de hábitos alimentares saudáveis. Ex: prevenção da obesidade infantil e desnutrição do idoso;
  • Orientações quanto ao uso de Tecnologia Assistiva nas adaptações necessárias à alimentação, vestuário e outras;
  • Atividades de educação em saúde, prevenção e minimização de traumas e violência doméstica, ocupacionais e de lazer;
  • Orientações a portadores de necessidades especiais, familiares e/ou cuidadores;
  • Treinamentos de AVD, Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e Tecnologia Assistiva;
  • Visitas para a identificação e orientação quanto à necessidade de adaptações domiciliares;
  • Reinserção social, escolar e ocupacional;
  • Desenvolver ações de estimulação essencial em crianças identificadas com problemas neuropsicomotores;
  • Implementar ações intersetoriais de atenção integral a crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e distúrbios de comportamento;
  • Orientações quanto ao planejamento familiar, prevenção de ST/AIDS, cuidados pessoais;
  • Realização de atividades terapêuticas integradas e intersetorializados que promovam a valorização da mulher;
  • Monitorar a situação epidemiológica local, identificando agravos prioritários e formas de intervenção coletiva subsidiando o planejamento de ações das equipes de saúde da família, a atenção à saúde da mulher;
  • Desenvolvimento de atividades laborais com mulheres, em situação de exclusão social, estimulando aprendizagem de novos ofícios e possibilitando a reinserção econômica e social;
  • Orientações a pessoas com transtornos mentais, familiares e cuidadores;
  • Atuar de forma integrada com as equipes multiprofissionais dos Centros de Atenção Psicossocial, promovendo a reinserção social, escolar e ocupacional;
  • Ações integradas visando à redução de riscos. Ex. usuários de drogas e álcool, drogas, tabaco;
  • Fomentar a constituição de espaços de reabilitação psicossocial. Ex. oficinas terapêuticas comunitárias;
  • Desenvolver ações integradas e intersetoriais que minimizem a exclusão a indiferença, estimulação a participação e a cidadania.
3)  ABRATO-SC: Como a população tem recebido as intervenções da Terapia Ocupacional dentro do NASF?
Paula Agnolin, terapeuta ocupacional: O profissional terapeuta ocupacional ainda é desconhecido. Não é incomum ouvir solicitações para explicar do que de fato trata a Terapia Ocupacional. Embora ainda não saibam associar as ações ao profissional em Terapia Ocupacional, as intervenções são bem aceitas e compreendidas. Os encaminhamentos ainda são incomuns, o que tem gerado a necessidade de apresentar, principalmente às Unidades de Saúde o que é Terapia Ocupacional e qual seu papel no âmbito da atenção básica. Não se pode deixar de acrescentar sobre a dificuldade em atuar em equipes multiprofissionais, sem antes a devida explicação acerca da ciência Terapia Ocupacional.

Paula Agnolin, terapeuta ocupacional: Graduação ACE/2006, Especialização (Latu Sensu) em Saúde Mental (Curitiba/PR) 06/07. Formação em Terapia Familiar Sistêmica – Terapia de Família e Casal – Março/08 a Janeiro/ 2011. Formação em Psicoterapia Corporal (em andamento). Experiência anterior: Coordenadora e terapeuta ocupacional do Centro de Atenção Psicossocial I – Concórdia/SC. Período: 2006-2010. Experiência atual: Núcleo de Apoio a Saúde da Família – NASF – Criciúma/SC.



ATUALIZANDO
  •  Política Nacional de Atenção Básica - Portaria MS No 2488/2011
NASF Tipo I, em que a soma das cargas horárias semanais dos profissionais que atuam no apoio às Equipes de Saúde da Família (ESFs) deve acumular, no mínimo, 200 horas semanais; e

NASF Tipo II, em que os profissionais acumularão, no mínimo, 120 horas semanais.

Nas duas modalidades, nenhum profissional poderá ter carga horária semanal inferior a 20 horas.

O Ministério da Saúde estima que o país passe de 880 para 4.524 NASFs. Os Núcleos são constituídos por equipes multiprofissionais, onde os profissionais desenvolvem atividades como consultas conjuntas, educação permanente, discussões de casos e ações de educação em saúde com a população.

NASF 1 e 2: composição seguira as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações-CBO:
médico acupunturista; assistente social;profissional/professor de Educação Física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clinica médica); médico do trabalho; médico veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduação na área da saúde com pós-graduação em saúde publica ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas (pag.52).
Fonte: Diário Oficial da União de 24/OUT/2011 e http://www.coffito.org.br/



  •  CURIOSIDADE: Municípios de Santa Catarina que possuem NASF
População:+/- 6 milhões habitantes
Municípios - 293
Área - 95,4 mil km²
SC: tem menos de 10% de NASF (CREFITO-10)

Fonte: www.crefito10.org.br  e http://portalsaude.saude.gov.br

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Conselho Nacional de Assistência Social publica deliberações da VIII Conferência Nacional de Assistência Social


O CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CNAS, no uso das competências publicou no Diário Oficial da União a RESOLUÇÃO Nº 01, DE 09 DE JANEIRO DE 2012 que trata das deliberações da VIII Conferência Nacional de Assistência Social ocorrida em 7 a 10 de dezembro de 2011, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães - Brasília/DF, com o tema “Avançando na Consolidação do Sistema Único de Assistência Social com a Valorização dos Trabalhadores e a Qualificação da Gestão dos Serviços, Programas e Projetos e Benefícios”.

http://www.sedes.ma.gov.br/images/stories/RESOLUO_CNAS_N_01_DE_2012.pdf